Antes de mais nada, vamos a algumas definições, segundo os dicionários.
Empresário é aquele que empreende, constrói ou assume algo que, a partir dele, gera empregos, paga impostos e tem o seu papel junto à sociedade. Empresa é um empreendimento, uma organização que realiza atividades econômicas com finalidades comerciais, por meio da produção e venda de bens ou serviços. Empreendedor é aquele que toma a iniciativa de empreender, que sabe identificar as oportunidades e transformá-las em uma organização lucrativa.
O empresário centralizador é um dos maiores responsáveis pela dificuldade de empreender e da empresa não alcançar os resultados possíveis. Ele está sempre sobrecarregado, não tem tempo para nada e ainda se orgulha, batendo no peito e dizendo: “eu não tiro férias faz 30 anos”. Ele não entendeu nada do que é empreender.
O empresário “faz tudo” pensa que a empresa depende exclusivamente dele e é “o único competente ali dentro”, considera-se o único capaz de finalizar os processos, acha que a empresa só anda quando ele está ali e ninguém além dele sabe orientar os colaboradores, impede que outras pessoas além dele saibam onde ficam as coisas e como tudo funciona e se considera o único capaz de conversar com os clientes e de promover as vendas. Esta pessoa não respira, não cria, não inova, não se oxigena e é tóxica para a empresa. Ela mata o próprio negócio.
A relação de desconfiança com os colaboradores faz com que a empresa perca importantes peças, pois eles nada podem saber sobre os processos, para não aprenderem e não saírem da empresa. Ué? Mas que contrassenso! Se a oportunidade é boa, por que sairiam? É natural que pessoas troquem de emprego, mudem de ideais, evoluam e busquem horizontes diferentes na vida, mas não porque aprenderam muito e foram valorizados. Elas vão embora se não encontrarem abertura para aprender, participar e evoluir.
Se você fosse um colaborador e entrasse em sua sala, veria em você um modelo, um espelho? Sentiria orgulho de trabalhar para esta pessoa? Você tem um papel de liderança a cumprir, de direcionar os caminhos da empresa, de trazer vida para o seu ambiente de trabalho. Se não pode ou não quer, contrate alguém para isto, mas não sufoque a empresa e as pessoas que nela acreditam e por ela trabalham. Deixe que façam pela sua empresa o que você não pode e não deve fazer, dedique-se ao que você é bom. Deixa a empresa livre das suas amarras para crescer, você vai colher frutos com esta decisão.
Há quanto tempo você não estuda, não aprende algo novo? Preste atenção! Passe a delegar, contratar, ensinar. Pare de fazer tudo, inclusive aquilo no que você não é bom! E vá, com a sua força e garra iniciais, aquela fibra de quando decidiu empreender! Vá desbravar caminhos, abrir portas, inovar. Sua empresa precisa disso, precisa de você!
Seja feliz! Ser empresário não é carregar tudo nas costas, isto é ser camelo! Existem várias ferramentas e inovações que vão facilitar a sua vida, saia do centro!
Luciana Ribeiro.